_sinopse
O espetáculo 180 Dias de Inverno é baseado no texto “Minha Fantasma”, um diário real em que Nuno Ramos, um dos mais representativos artistas plásticos brasileiros da atualidade, narra os seis meses que passou cuidando de sua esposa, uma mulher atormentada por uma grave doença. O relato poético e apaixonado de um homem em sua batalha diária para salvar sua esposa e a si mesmo desse inimigo invisível. Um amor imenso e cansativo, que deve dizer a todo instante: eu quero você mesmo assim.
O espetáculo lança mão de referências de dança-teatro, vídeo-arte, instalação, música experimental, cinema (stop motion e desenho animado) e teatro pós-dramático para mostrar, de forma crua e ao mesmo tempo delicada, a iminência de um desastre na vida de um casal. O espetáculo estreou em 2010, já foi assistido por mais de 25.000 pessoas. Foi contemplado nos editais da Oi Futuro e Caixa Cultural, e recebeu os prêmios Myriam Muniz 2009, Cena Minas 2013, Mixórdia 2011 (melhor espetáculo de 2010), Sinparc Usiminas 2011 (melhor trilha sonora), Sesc/Sated-MG 2011 (melhor iluminação), além de mais 10 indicações em outras categorias. Já se apresentou em vários festivais e cidades do Brasil como Brasília, Belo Horizonte, Piracicaba, Sorocaba, Caxias do sul, etc.
Direção: Nando Motta
Texto: Nuno Ramos
Dramaturgia: Antonio Hildebrando
Elenco: Camilo Lélis, Fabiano Persi, Michelle Barreto
Gênero: Drama contemporâneo
Linguagens: Dança-teatro, teatro digital, instalação,
vídeo-arte, vídeo mapping
Classificação: 14 anos
Duração: 60 minutos
Fotos:
_o autor e sua obra
Nuno Ramos é pintor, desenhista, escultor, escritor, cineasta, cenógrafo e compositor. Como artista plástico, figurou entre os movimentos artísticos mais importantes dos anos 80 e 90 no Brasil e é reconhecido mundialmente como um dos nomes fortes das artes visuais contemporâneas.
Com mais de 10 livros publicados e diversos países, conquistou o reconhecimento internacional em 2009, quando recebeu o Prêmio Portugal Telecom de Literatura pelo livro “Ó” e, em 2013, por “Junco” na categoria poesia. Além desses, recebeu os prêmio Oceanos e foi indicado ao prêmio Jabuti na categoria romance.
O espetáculo 180 Dias de Inverno, é baseado no texto Minha Fantasma, um diário real de Nuno, publicado em seu livro “Ensaio Geral”. Nesse diário, Nuno utiliza de uma linguagem narrativa intimista e poética, recheada de metáforas e elementos fantásticos, para relatar os seis meses que passou cuidando de sua esposa doente. Escrito durante os pequenos momentos do dia que podia descansar ou nas noites em que não conseguia dormir, Nuno narra suas incertezas, desejos, dúvidas e medos, durante este período de cuidado e dedicação.
_trajetória
2009 – Prêmio Miryam Muniz
2010 – Estreia – Temporada Oi Futuro – BH/MG
2011 – 37° Campanha de Popularização do Teatro e da Dança – BH/MG
2011 – Prêmio Usiminas/Sinparc de Teatro, Prêmio Sesc/Sated/MG, Site Mixórdia (melhores de 2010) 2013 – Circulação Belo Horizonte – Lei de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte – BH/MG
2013 – Festival de Teatro de Piracicaba – Fentepira – Piracicaba/SP
2013 – Apresentação Sesc Sorocaba – Sorocaba/SP
2014 – 40° Campanha de Popularização do Teatro e da Dança – BH/MG
2014 – Prêmio Cenas Minas
2014 – 27° Inverno Cultural Universidade Federal de São João Del Rey/MG
2014 – 40° Festival de Inverno de Itabira/MG
2014 – 16° Caixas em Cena – Caxias do Sul/RS
2014 – 6° Festival Nacional de Teatro de Itaúna/MG
2015 – 41° Campanha de popularização do Teatro e da Dança – BH/MG
2017 – Mostra Entre Fronteiras – BH/MG
2018 – Festival BH de Artes Cênicas – BH/MG
2018 – Circulação Nacional de 08 anos – Teatro Marília – BH/MG
2018 – Circulação nacional de 08 anos - Caixa Cultural Brasília/DF
2019 – Circulação nacional de 10 anos - Caixa Cultural Fortaleza/CE
2021 – 180 Dias de inverno – Temporada online - Lei Aldir Blanc do estado de São Paulo
2021 – Festival Qualicult – Arte Digital
2023/24 – Circulação São Paulo - Presidente Prudente, São José dos Campos, Diadema e Mogi das Cruzes
_linguagens
Em 180 Dias de Inverno, o Coletivo Binário lança mão de diversos recursos e linguagens para trafegar entre a delicadeza poética e a crueza real dos fatos narrados por Nuno Ramos em “Minha Fantasma”. Para isso, a direção utilizou referências da dança-teatro de Pina Bauch (Café Muller e Vollmond), aliadas à estética dos diretores de cinema Stephen Daldry (As Horas) e Michel Gondry (Brilho Eterno de Uma Mente Sem Lembranças), para compor uma encenação minimalista recheada de sutileza e agressividade. Esta mesma dualidade, proposta como base para a encenação, permeou a criação da dramaturgia, figurino, cenário, iluminação, projeções e trilha sonora original.
Através de uma dramaturgia fragmentada, de cronologia não linear, três atores dão vida aos personagens Ele, Ela e o Outro (auterego de ELE e ELA). Dentro de um grande espelho d’água, com móveis semi-submersos e luminárias de teto que “choram”, eles narram e revivem os momentos e sentimentos relatados por Nuno. Inspirados na frase “A beleza da iminência do desastre” e na instalação “Maré Mobília”, ambas de autoria de Nuno, cenários e figurinos buscaram realçar a “beleza bruta e cataclísmica” desta história através da imagem de um quarto afogado e de uma sensação latente de cansaço. A trilha sonora foi criada exclusivamente para o espetáculo e construída durante os ensaios. Sons produzidos pelas falas, corpos e ações dos atores foram utilizados para sua composição. O resultado é uma trilha sonora contundente, que dialoga diretamente com as cenas e com os corpos dos atores, e da mais vida e organicidade ao trabalho. As projeções mapeadas que permeiam a encenação têm como objetivo proporcionar diferentes contornos e possiblidades de interpretação para as cenas, para isso, são utilizadas imagens do interior de uma casa, gravadas em stopmotion, e de desenhos animados. O desenho de luz do espetáculo emprega uma delicada dinâmica de luz e sombra para destacar a dualidade entre os momentos de extrema intimidade do quarto do casal e a aridez de uma sala de espera de hospital.
_prêmios
2009 – Prêmio Miryam Muniz
2011 – Prêmio Usiminas - Melhor trilha sonoro original - Prêmio Sinparc de Teatro (e mais 08 indicações em outras categorias)
2011 - Prêmio Sesc/Sated/MG - Melhor iluminação (e mais 07 indicações em outras categorias), 2011 - Melhor espetáculo adulto - Site Mixórdia
2014 – Prêmio Cenas Minas
2020 – Prêmio Aldir Blanc da cidade de São Paulo
2020 – Prêmio Aldir Blanc do estado de São Paulo
2021 – Prêmio Qualicult de Arte
Trilha Sonora:
180 DIAS DE INVERNO :: DIADEMA :: GRATUITO
O QUE É A CURAR?
_ficha técnica e artística
Diretor: Nando Motta
Dramaturgo: Antonio Hildebrando
Texto: Nuno Ramos (livremente adaptado do texto Minha Fantasma)
Elenco: Camilo Lélis, Fabiano Persi e Michelle Barreto
Cenógrafos: Renato Bolelli e Beto Guilger
Cenotécnico: Nenê Pais
Figurinista: Paolo Mandatti
Trilha sonora original: Barulhista
Prep. corporal e coreografia: Carla Normagna
Criação de luz: Bruno Cerezoli
Operação de Luz: Renato Hermeto
Operação de som: Barulhista
Operação de vídeo projeções: Nando Motta
Vídeos/projeção: Hugo Drummond e Pedro Furtado
Fotos: Samuel Mendes e Denys Flores
Vídeo Registro: La Caffetteria Produções (Ronaldo Jannotti) e Leonardo Souzza
Assessoria de imprensa: Canal Aberto – Márcia Marques, Daniele Valério e Flávia Fontes
Designer e coordenação de redes sociais: NM Design
Produtora Executiva: Michelle Serra
Prod. local em Daidema: Vitu Rocha
Coordenação de produção: Nando Motta
Gestão financeira e de projeto: Larissa Biasolli e
Cristiane Taguchi
Produção: Sorella Produções e Coletivo Binário
Apoio Cultural: Prefeitura de Diadema
Realização: Governo do Estado de São Paulo, por meio da Secretaria de Cultura, Economia e Indústria Criativas
Projeto realizado com os benefícios do edital Proac 2022 - #02 Circulação - Projeto nº 02/2022-1654.1072.9956 - 180 Dias de Inverno em SP
180 DIAS DE INVERNO :: DIADEMA :: GRATUITO
QUAL É O SEU PLANO?
_coletivo binário
Somos um grupo de criação nascido da vontade de buscar um ambiente profícuo para a produção colaborativa e experimental nas artes cênicas. Através de uma ideia comum, o grupo se coloca em diálogo para que artistas de outras linguagens se aproximem e trabalhem com um objetivo único: criar. Um lugar em que “junto e misturado” seja um valor e uma premissa, não uma barreira. Um encontro de vários desejos e vozes criadoras trafegando livremente e passando a ser uma só.
Fruto dessa inquietação desenvolvemos há 13 anos uma pesquisa sobre "linguagens em trânsito no criar e fazer teatral" que resultou nos espetáculos “Rodolfo e a Crise", “180 Dias de Inverno”, "Do Lado Direito do Hemisfério”, “O que fazer com o resto das árvores?" e "O Clube". Estes trabalhos já foram agraciados com mais de 10 prêmios e 20 indicações, tendo se apresentado em 18 festivais e 42 cidades do Brasil, para um público de mais de 300.000 pessoas.